Férias com seu dog: como se preparar?

Venha descobrir como fazer das suas férias uma viagem segura e tranquila com seu dog

 

Escolhendo o destino:

O primeiro passo é escolher o local. Os locais mais procurados são o campo e a praia, mas para você escolher o ambiente que mais vai agradar a sua família vamos te contar as vantagens e desvantagens dessas duas opções. Independente do destino, conhecer o temperamento do seu cachorrinho é super importante. Cães mais sociáveis e seguros tendem a se adaptar melhor a ambientes mais agitados como praias e hotéis petfriendly, já cães mais tímidos se adaptam melhor a lugares mais calmos. Praias mais desertas, onde você pode se hospedar em um Airb n b ou alugar uma casa no campo são ótimas opções para cães mais tímidos, pois irão permitir que seu cão fique mais tranquilo e aproveite mais tempo ao lado de vocês, já que geralmente esses locais são menos agitados e ele poderá ficar a maior parte do tempo na sua companhia.

Em ambas as opções se programe para realizar passeios em que ele possa participar, e que no local onde estarão hospedados tenha um ambiente seguro para os momentos que ele ficará descasando. O descanso é fundamental para manter a saúde física e mental do seu melhor amigo.

Fazendo as malas:

Na hora de fazer as malas atente-se para a alimentação, se for ração armazene em um pote escuro e bem vedado ou leve na própria embalagem, já que ela foi feita especialmente para manter a qualidade do produto. Já para alimentação natural é necessário levar em um local bem refrigerado para evitar que o alimento estregue e cause algum problema de saúde para o seu dog. A AuAu Food é nossa parceira nessa linha, clique para conhecer mais!

Tanto na praia quanto no campo para evitar que o cão fique exposto a alguns riscos, se preparar com antecipação é sempre o mais indicado. Garanta que seu animal esteja protegido contra pulgas e carrapatos.  Você pode encontrar medicações em nossa loja online na Pet Love. Caso sua escolha seja a praia, seu veterinário poderá alertar para cuidados adicionais quanto ao verme do coração que também podem ser promovidos por algumas marcas.

Algumas estratégias como levar a caminha e brinquedos que ele já está acostumado em casa ajudarão ele a se adaptar melhor ao novo ambiente e consequentemente relaxar mais fácil. Rechear brinquedos ou levar ossinhos e oferecer nos momentos em que ele ficará sozinho também é uma boa opção para esse momento ser divertido. Especialmente se o seu cão tem tendência a destruir móveis, o cuidado redobrado vai valer a pena. Se quiser oferecer um momento zen para seu melhor amigo, vale considerar o uso dos feromônios sintéticos. Adoramos o Serenex da Konig  que pode ser usado tanto no carro, no ambiente ou em uma bandana no dog (brinquedos e calmantes também disponíveis em nossa loja).

Em ambientes com lagos e piscinas, é preciso estar atento para riscos de afogamento. Mesmo que seu cão seja um nadador nato, usar colete salva vidas e permitir o acesso do seu doguinho a essas áreas apenas sob supervisão são ótimas medidas de segurança. A nossa dica de coletes é Ativa Naútica Coletes que tem uma linha desenvolvida para cães, tamanhos para todos os portes e cores lindas!

Emergências de outras ordens podem acontecer, então, antes de viajar já procure um médico veterinário (de preferência 24 horas) mais próximo da sua hospedagem para saber onde ir na hora do susto.

Pé na estrada:

Na hora de colocar o pé na estrada, é preciso planejar a viagem para ser o mais tranquila possível para o seu dog. Alguns cães ficam estressados e ansiosos em viagens de carros, principalmente aqueles que não foram acostumados. Se esse for o seu caso, veja se é o momento ideal para a viagem. Você poderá achar uma hospedagem de confiança para ele ficar e procurar ajuda de um comportamentalista para ajudá-lo a fazer ele trabaho de adaptação gradual. Caso decida pela viagem, opte por viagens curtas e faça pausas para o dog poder beber água, fazer as necessidades e caminhar um pouco. Dê preferência para viajar nos horários mais frescos e tranquilos do dia, dessa forma você diminuirá os estímulos como calor, barulho de muitos carros, buzinas etc., estímulos esses que podem deixar o seu cachorro estressado.

Outro ponto de atenção é a alimentação, evite oferecer a comida antes da viagem pois aumenta a chance do seu cachorrinho passar mal, mas se mesmo assim ele ainda ficar enjoado converse com um veterinário de confiança sobre a possibilidade de utilizar algum medicamento (nunca medique por conta própria). Ah! Lembre-se do cinto de segurança, esse item é fundamental para a segurança da família toda.

 

Agora que você sabe já sabe como tornar sua viagem mais tranquila e segura é só fazer as malas e cair na estrada. Boa diversão! E na volta não esqueça de marcar um banho relaxante para seu doguinho voltar cheiroso para sua casa. A nossa recomendação nesse assunto é a linha EcoDog que tem tudo que um dog precisa para sua higiene, saúde da pele e beleza!

 

Por Leticia Tchmola e Tatiana Nassif

Por que a convivência entre crianças e cães requer atenção?

Saiba o que é importante do ponto de vista profissional, da criança e do doguinho!

Crianças amam pets e ajudar os peludos a desenvolver uma relação saudável com eles é um processo que deve-se dedicar tempo. A chegada de um filhote em uma família com presença de crianças pode ser um desafio. Afinal, é nessa fase que o cão começa a perceber o ambiente a seu redor e a criar comportamentos que irão lhe acompanhar em sua vida adulta.

Entender como o cão se comunica e ajudá-lo a se habituar com o convívio de humanos é essencial para um relacionamento saudável na família multiespécie.

O processo de socialização com crianças é uma das técnicas que ajudam os filhotes a se desenvolverem na presença deste pequenos. Aqui na Dog Adventure realizamos uma atividade de enriquecimento e vinculação com crianças, onde usamos processos lúdicos para gerar uma associação positiva entre eles. Isso ajuda os doguinhos a se acostumarem com a energia mais agitada das crianças, seu tom de voz e toque.

Os benefícios para o filhote:
  • Fortalece comportamentos saudáveis para a vida adulta
  • O cão aprende a descriminar o que é correto e tem recursos de outros comportamentos mais apropriados para que possa interagir melhor com o convívio humano
  • Se habitua com a presença da criança no ambiente (sons, velocidade de movimento e outras particularidades)

E o aprendizado não é só para nossos AUlunos, durante a socialização ensinamos as crianças a respeitarem os cães e até lerem alguns sinais de comunicação que os cães dão!

O papel da criança nessa relação:
  • Perceber sua expressão corporal,
  • Como manter o autocontrole sobre as emoções,
  • Adequar a postura e a maneira de olhar e falar com o cão
  • Respeitar os limites e realizar a aproximação apenas com a permissão do cão
  • Conscientização sobre comportamentos que não devem ser endossados (como a mordida por exemplo – é preciso direcionar o cão para outra brincadeira o ambiente)

Entrevista com nossos monitores mirins

O que te faz gostar de cães?

– Quando a gente tá entediado, ele brinca com a gente e dá mais alegria. Ele tambem protege a casa.

Você sente algum medo quando um cão de médio/grande porte se aproxima?

-Quando rosna, sim. Só quando rosna ou late. Eu já corro. Mas aí que ele corre atrás.

Que tipos de brincadeiras você gosta de praticar com os cães?

– Adestramento, bolinha, brincar na piscina. E brincar na chuva.

Você entende que os cães também tem emoções?

– Sim, quando ele rosna é porque não quer que faça alguma coisa. Quando eles cheiram é como se tivesse assistindo um filme. Quando cheira a grama, ela quer fazer xixi. E quando late olhando para alguma coisa, as vezes a gente entende o que ela quer.

Você acha que é sua responsabilidade educar o cão?

– Se for meu, sim. Porque aí ela não avança nos outros, não foge e sabe o que pode e o que não pode. E quando vamos dar alguma coisa ela sabe esperar e não vem comendo tudo. É importante para ela não pegar coisa que não deve.

Você sabe como se comunicar com um cão?

– As vezes. Eu vou falando e ela fica latindo e quando ela olha, eu sei o que ela quer. Não chegar tão rápido, deixar ele chegar a mão. Perguntar para a dona se ele bravo ou manso e se você pode dar carinho.

O que você acha de ajudar os cães da Dog Adventure?

– Bem legal, porque aí a gente pode conhecer novos cães e ensinar eles a ficarem com humanos, novas pessoas, crianças. E a gente pode se comunicar com os cachorros bem.

 

Precisa de ajuda com seu cão e a interação dele com crianças? A consulta comportamental pode te auxiliar no processo!

 

Agradecimentos especiais à Paola e Pietro.

 

Autora: Tatiana Nassif   

Qual a relação entre inteligência emocional nos humanos e o bem- estar dos cães?

Qual o papel do tutor e do profissional da área pet diante disso?

Por algum tempo propagou-se a idéia de que cães queriam ser líderes de sua matilha a todo custo e dominá-los seria necessário para estabelecer uma hierarquia e uma convivência de respeito com os seres humanos. Hoje sabemos que esse pensamento é ultrapassado e equivocado. A organização social do cão doméstico é como uma unidade familiar, muito parecida com o que nós chamamos de família mesmo (falamos sobre isso em um dos nossos primeiros textos:  O que é família multi – espécie?). Por serem animais sociais, eles precisam manter a coesão do grupo e para isso são necessárias habilidades apaziguadoras, a fim evitar conflitos e, mais do que isso, comportamentos de colaboração.

Empatia e estresse: uma via de mão dupla

Para que a convivência entre humanos e cães pudesse se fortalecer ao longo do processo de domesticação, os cães desenvolveram uma alta capacidade de compreender as emoções humanas. Por serem tão próximos afetivamente de nós, os cães podem não apenas decifrar o que sentimentos, mas também se contagiar por nossas emoções. Por isso se diz que “o cão é como um espelho” e acredite, existe ciência por trás disso tudo.

Empatia intra e interespecífica, ou seja, dentro de uma mesma espécie e entre espécies diferentes (como no caso de humanos e cães), é a pré-disposição de compartilhar e compreender emoções do outro. E essa emoção passa a ser experienciada como verdadeira em nós mesmos. Envolve um sincronismo motor e emocional que influencia a afetividade entre os dois indivíduos. Essa ligação é variável de acordo com o grau de vinculação entre os dois e a intensidade da emoção vivida. Os comportamentos pró- sociais são:

  • Mímica
  • Consolo
  • Compreensão
  • Companheirismo
  • Reações motoras e fisiológicas (e subjetivas)

Estudos recentes mediram níveis de estresse e personalidade de tutores de pets e descobriram que essa sincronia emocional acontece de forma mais profunda do que se imaginava. Tutores que apresentam níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse, possuem cães com esses níveis mais elevados também. O efeito dessa condição passa a ser visível no comportamento do cão mais ansioso, reativo, hiperativo ou como comportamentos compulsivos, por exemplo.

Inteligência emocional, auto – cuidado e o apoio profissional

Esse conhecimento é fundamental para compreender a relação entre tutor e cão e possíveis mudanças comportamentais que venham a surgir. Muitas vezes há uma tendência a culpabilizar o cão por seus comportamentos, mas a “posse responsável” exige um movimento genuíno do tutor em reconhecer suas próprias dificuldades emocionais. Momentos de ansiedade, insegurança, frustração e depressão (que são naturais na vida humana) poderão facilmente influenciar o cachorro. Procurar ajuda profissional para os dois pode ser muito importante para o bem-estar e para a manutenção de uma boa convivência.

Em ambiente de creche para cães, o acompanhamento com os tutores nessas fases de maior sensibilidade emocional familiar, é crucial para a estabilidade do comportamento do cão. Por consequência, a regulação da matilha também pode ser influenciada já que o contagio emocional também acontece na via cão – cão. Muitas vezes, serviços de apoio podem ser indicados como o adestramento, a consulta comportamental, o uso de florais, feromônio terapia, acupuntura e natação.

E como tudo isso influência o profissional da saúde e do comportamento animal?  Médicos veterinários e cuidadores pet estão junto com outros profissionais de saúde humana, educação e segurança pública que possuem os maiores índices de desgaste emocional associado ao trabalho.  Além da capacitação técnica voltada ao animal, inteligência emocional e auto- cuidado são fundamentais para que o profissional possa encontrar o caminho para acessar os cães e suas famílias de maneira diferencial. O exercício físico e a meditação já se provaram técnicas mais que efetivas, mas cuidados básicos como alimentação e repouso apropriado não podem ser deixados de lado, assim como o cuidado com o relacionamento em equipe.

Tatiana Nassif

Já parou para pensar se o nome do meu cachorro quer dizer algo sobre ele?

Como as pessoas escolhem o nome de seus cães? Essa escolha tem relação com a maneira que eles se comportam?

Quando as pessoas quererem ter cães como membros de sua família, a maioria é guiada por um sentimento de amor incondicional e certa valorização social sendo seus objetivos conscientes e inconscientes: a companhia, o passatempo e a imagem social. A escolha do cão geralmente é guiada por uma percepção de complementariedade ou identificação, ou seja, tutores buscam em seus cães algo diferente de si que os complementa ou procuram características que percebem como semelhantes a si mesmo por afinidade.

Cada relação entre tutor e cão é muito particular, mas pode ser mais profunda do que parece. Enquanto alguns possuem uma relação simbiótica que vai da convivência de mutuo respeito até a de dependência, outros criam uma dinâmica de transferência de sentimentos que pode determinar o rumo da relação e do comportamento do cão. É importante lembrar que assim como as pessoas possuem personalidades e experiências que as tornam singulares, os cães também são determinados por uma séria de fatores (genética, fisiologia hormonal, química cerebral, os efeitos do desenvolvimento inicial e aprendizado, respostas condicionadas, encontros estressantes com outros indivíduos, dentre outros fatores). A relação humano – cão é a junção de dois seres únicos e, ainda, de diferentes espécies.

Mas o que o nome do cachorro tem com isso?

O que caracteriza um pet é exatamente o fato de receber um nome. Os nomes conceitualizam os seres como indivíduos e demarcam essa relação afetivo vincular com seus tutores. O nome é um tipo de representação mental do outro, de como se espera que sejam ou de como de fato são. Portanto, o processo de escolha do nome de um cachorro esta impregnado de expectativas de seus tutores quanto aquele cão. Essas expectativas são construídas através da união de questões que estão no nível da consciência, do inconsciente pessoal e do inconsciente coletivo. Estudos dizem que pais nomeiam seus filhos narcisicamente, com base em seus desejos, necessidades, idealizações, faltas etc.

Com os cães não seria diferente, tutores usam a imaginação, inspiração, humor, fantasia e liberdade de expressão para escolher o nome do seu melhor amigo. O processo de nomeação dos cães é bem parecido com a escolha de apelidos, algumas das categorias comuns para isso são: comparações físico/anatômicas, intenção afetuosa, originário de outros nomes carregados de significados, herdados como referência, ocorridos em circunstâncias acidentais, comportamentais ou com objetivo de transladação de sentido.

Um nome pode falar sobre vocês dois…

Descobriu-se em um estudo que 40% das pessoas não ter pensam em NADA enquanto 60% pensaram em adjetivos ou motivações para nomear seus cães. Tutores que “não pensam em nada” ficam sob efeito do inconsciente individual e coletivo e muitas vezes são guiados pela simbologia sem nem se dar conta disso. O exercício de lembrar o que cada um pensou no momento de escolher um nome pode ser desafiador, mas geralmente as pessoas atribuem adjetivos associados a: aparência (cor, pelagem, tamanho), força, docialidade e beleza dentre uma gama enorme de outros.

A criatividade dos tutores é impressionante e a quantidade de nomes escolhidos é bastante diversificada. Porém, essas são as principais categorias em que se encontram os nomes caninos:

  • Personagem: nomes de personalidades ou personagens mitológicos, de filmes, desenhos e outros que mostram a expectativas de acordo com a história
  • Nomes Comuns Brasileiros: de grafia e sonoridade tipicamente brasileira que estão associados ao sentimento de pertença x segregação. Normalmente são carregados de humor e simplicidade também.
  • Nomes Comuns Estrangeiros: de grafia e sonoridade não reconhecida como tipicamente brasileira, podendo ser de origens diversas e que podem indicar uma tentativa de diferenciação, valorização e projeção de emoções
  • Nomes tipicamente caninos: baseados no estereótipo social e na idealização da relação interespécie
  • Aparência Física: nomes associados a porte, cor, pelagem ou outra característica física do animal
  • Outros: alimentos, lugares, outros   

Ficou curioso para saber os nomes mais comuns? De acordo com o estudo de 2019, os nomes mais comuns para as fêmeas dentre os participantes foram:

  • Mel
  • Nina
  • Luna
  • Amora
  • Cacau

E para os machos:

  • Thor
  • Chico
  • Max
  • Marley
  • Ozzy

Concluindo, o nome canino é um indicador das expectativas do tutor, por isso, pode ser uma incrível ferramenta de apoio de trabalho para profissionais da área pet, especialmente nas análises para intervenções familiares.

E como isso tudo se relaciona com o comportamento canino?

Pelo fato dos cães reconhecerem expressões faciais, vocalizações em tom emocional e odores do ser humano, além de conseguirem interpretar e o significado do comportamento humano em geral, possuem habilidades para moldar seu comportamento de acordo com o que é esperado deles. Isso não significa que eles queiram fazer isso ou mesmo que seja sempre adequado, mas de maneira geral, é essa característica que permitiu a convivência e a coevolução entre as espécies. Dentro de um família emocionalmente saudável, espera-se que com o tempo haja cada vez mais uma congruência comunicacional e emocional, o que acaba por influenciar o comportamento do cachorro.

Outra grande curiosidade é que estudos mostraram que as características do tutor são mais importantes na configuração da relação interespecífica (entre as espécies) do que as do próprio cão. Isso significa que quem você é, o que acredita, deseja ou faz tem forte influência em quem seu cão irá se tornar. É claro que existem exceções como em situações de fortes traumas vividos pelo cão ou de forte pré-disposição genética. Ainda assim, a vinculação entre tutor e cão é mais afetada pela quebra das expectativas do tutor do que por motivações associadas ao comportamento canino, mesmo quando falamos em “problemas comportamentais dos cães”.

É melhor garantir que esteja fazendo tudo direitinho, não é? Continue acompanhando nosso blog e nossas redes sociais para ter acesso a mais conteúdo!

Tatiana Nassif

Meu filhote chegou, e agora?

Garantir que você e seu filhote estejam indo no caminho certo é importante para uma vida em harmonia e parceria.

Você escolheu o filhote que tanto sonhou? Ou ganhou esse presente inesquecível? Quem sabe se comoveu e resgatou um filhote? Independente de como aconteceu essa história tão especial, veja o que você precisa para trilhar um bom relacionamento com seu cão.

Se prepare e busque por conhecimento

Conviver com um ser de outra espécie é trabalhoso, mesmo sendo o cachorro que já convive com as famílias humanas a tantos anos. Os cães são muito inteligentes e amáveis, mas precisam de uma série de cuidados que envolvem tempo, dinheiro e dedicação dos tutores. São cuidados desde os mais básicos (alimentação, abrigo, banhos, brinquedos, passeio, antipulgas, vacinas), alguns outros cuidados que você até parou para pensar que podem vir a ser necessários em algum momento (creche, adestramento, consultas veterinárias, medicamentos) e cuidados mais complexos que não estão no planejamento inicial de ninguém, mas podem fazer parte do pacote do que é “básico para o seu cão” (especialistas veterinários e comportamentalistas, exames, tratamentos regulares, dentre outros).

E tem mais…você precisa aprender sobre as necessidades dos cães quanto a:

  • gasto de energia
  • estimulação mental
  • comportamentos naturais e instintivos
  • socialização
  • comunicação
  • emoções
  • processo de aprendizagem

O nosso mini curso Porque o cão é o melhor amigo do homem? Como tornar-se o melhor amigo dele também? vai te preparar para esse processo.

Aceite as particularidades do seu cão e trabalhe com elas

Apesar de no senso comum falarmos em cães e pensarmos neles com base em suas raças (ou não-raça), cada cão é um indivíduo único. Existem uma diversidade de fatores genéticos e orgânicos que vão moldar o temperamento e a personalidade do cão, assim como cada uma das experiências de vida que ele tiver. Você sem dúvida, será parte fundamental desse processo e da continuidade dele.

Mas entenda que uma parte do processo não esta em seu total controle e que talvez algumas das expectativas que você criou inicialmente não serão atendidas. Sua flexibilidade evitará que você persista em erros ou que hajam prejuízos no relacionamento com seu novo melhor amigo. Não hesite em procurar ajuda profissional se estiver passando por alguma dificuldade, quando antes, melhor. A boa notícia é que muitas das suas expectativas serão atendidas e tantas outras coisas boas que você nem vislumbrou vão surgir desse novo e encantador relacionamento.

Escola para filhote na Dog Adventure

Tendo em vista todas essas particularidades, fomos pioneiros no desenvolvimento de uma escola para filhotes que respeita as necessidades e limitações deles e ao mesmo tempo acredita no seu potencial. Essa fase inicial é crucial no desenvolvimento da personalidade do seu melhor amigo e estimulá-lo adequadamente irá refletir em toda sua vida. Na Dog Adventure seu cão terá todo o cuidado e preparo necessário durante esse período através de atividades e treinos exclusivos para se tornar um cão saudável física, mental e socialmente. 

Conheça as indicações e benefícios da escola de filhotes:

  • aproveitamento da janela de aprendizado para socialização com cães e pessoas,
  • habituação com ambientes, sons e objetos,
  • estimulação sensorial e cognitiva,
  • gasto de energia,
  • treino de preparo para banhos, natação e consulta veterinária,
  • direcionamento de mordida,
  • previne contra agressividade,
  • evita síndrome de ansiedade de separação,
  • previne comportamentos compulsivos, latidos excessivos e diversos outros desvios de comportamento.

Se parece muita coisa para seguir sozinho, indicamos a orientação familiar para filhotes através da consulta comportamental ou o suporte matriculando seu melhor amigo na escola de filhotes.

Tatiana Nassif

Cachorro também tem adolescência?

Disciplina para evitar estresse, conhecimento para redirecionar os comportamentos e flexibilidade emocional são os 3 principais pontos para superar esse momento ao lado do seu cachorro.

Você já deve ter convivido com um adolescente humano e se lembra de como essa fase por ter sido difícil para o adolescente e, consequentemente, para a sua família. Mas será que algo parecido acontece com os cachorros? Esse é um momento de mudança natural e inevitável. A impressão que temos quando o cão está próximo dessa idade é que parece ter se esquecido de alguns aprendizados ou que prefere passar por cima deles sem hesitar. Os principais sinais que os tutores relatam são:

  • está hiperativo
  • desobedece as regras aprendidas
  • destrói a casa
  • perde a concentração rapidamente
  • fica irritado e intolerante
  • está reativo ou agressivo

A verdade é que nessa idade os cães estão sobrecarregados. Existem mudanças hormonais, físicas e do desenvolvimento cerebral acontecendo e eles precisam aprender a lidar com uma nova forma de ver o mundo. Algumas dúvidas aparecem e as prioridades mudam, mas na maioria dos casos eles estão sob efeito de algo maior e não é intencional quando muitas vezes nos pegamos pensando: “ele esta fazendo de propósito”.

Apesar de já terem atingido o porte final, as estruturas ósseas ainda estão se ajustando e isso gera uma alteração postural, no centro de gravidade e equilíbrio, o que pode ocasionar alguns incômodos e dores. Com isso, eles podem ficar mais cansados e irritados, não querer contato físico ou responder negativamente a ele. Os cães passam a apresentar mais sensibilidade a ruídos e influenciar o estado de vigília e o sono (cães com fobia de barulhos serão mais atingidos ainda). As mudanças hormonais ocasionam uma nova forma de processar as informações do ambiente, gerando alterações na cognição, na aprendizagem e na resposta de comportamentos já aprendidos. Comportamentos associados ao sistema de “luta e fuga” estão a flor da pele e isso aumenta comportamentos de risco como a motricidade (correr, cavar e escalar, por exemplo) e a interação com outros cães (montar, testar limites e habilidades comunicacionais). Aumentam também comportamentos de exploração do ambiente e o uso da boca em geral, incluindo a vocalização.

Devido a quantidade de raças de cachorro, portes, origens, temperamentos, é difícil estipular uma faixa etária para esse período. Com base em nossa experiência, observamos que a maioria dos cães entra na adolescência por volta de 1 ano e 2 meses e permanece nela até 1 ano e 8 meses aproximadamente, podendo acontecer mais cedo ou mais tarde do que isso. Geralmente cães menores amadurecem mais rápido, mas não sentem tanto essa fase como os cães de grande porte. Boa parte disso está relacionada a maneira com que são criados pelos tutores, mas também as condições físicas. Outra influência significativa é a raça, suas tendências sociais e estrutura óssea. Porém, cada dog é único e irá enfrentar essa fase de uma maneira particular.

O ambiente familiar

Dar ao cão opções de gasto de energia física e mental, além da oportunidade de exercer comportamentos naturais (a creche da Dog Adventure pode ajudar nesse ponto) é indispensável. Tão importante quanto, é a qualidade do sono para a reorganização fisiológica e emocional do cão (conforto, temperatura adequada e pouco barulho são alguns dos pontos a serem garantidos). Observe também o deslocamento do cão nos diferentes tipos de piso, pois pode levar a insegurança e dores se escorregadio. Interações saudáveis que respeitem o cão podem fazer toda a diferença, veja mais no item abaixo.

Proximidade e contato com humanos e cães

Procure ler os sinais que o cão dá para respeitá-los (você pode ler mais sobre sinais aqui: Reconheça os sinais que os cães dão). Insistir em um contato com o qual ele não está a vontade nesse momento pode ser estressante. Lembre-se que ter companhia nem sempre envolve querer contato físico, especialmente nesse momento de maior sensibilidade. Observe também possíveis reações de incomodo com a coleira.

Nutrição, roer e lamber

Ofereça uma alimentação de qualidade e balanceada. Como complemento, ofereça enriquecimentos alimentares para desenvolver a parte sensorial, gerar curiosidade e satisfação. Use a abuse de brinquedos para roer e lamber que reduzem os hormônios do estresse e aumento o de prazer.

Movimento e exercício físico

A atividade física é fundamental para os cães, assim como momentos de repouso, recuperação e relaxamento. Procure encontrar um equilíbrio e evitar fadiga ou sobrecarga que poderão trazer como consequência dor e reatividade. Atividades sem impacto e que promovam foco e relaxamento como a natação podem ser muito benéficas (leia mais sobre Natação para cães).

Reduzir estímulos e frustrações

Estimule o que o cão tem feito certo e reduza as chances de fracasso se ele apresentar dificuldades em assimilar comandos, tolerar determinados estímulos ambientais e até sociais. Essa é uma fase de desafios inacessíveis para nós, mas que não devem ser esquecidos Observe também elementos que podem estar fora de seu controle, mas que talvez existam maneiras de ameniza-los como um ruído de uma obra ou as ondas de um aparelho eletrônico (como discutimos no texto Como os cães percebem o mundo?). Nesse momento o importante é promover estabilidade reduzindo situações que gerem ansiedade, medo e excitação.

Problemas de saúde

Monitore regularmente problemas de saúde que possam prejudicar o bem-estar do cão e se somar a uma fase já sensível para eles. Questões ortopédicas, alergias e problemas gástricos são comuns e poderão desencadear reações mais intensas do peludo. Redobre a atenção se o cão já possui um histórico que exija maiores cuidados.

O papel do tutor

Compreender e aceitar o seu cão é o primeiro ponto para poder ajudá-lo em qualquer fase de sua vida. Traços emocionais que algumas vezes são percebidos em filhotes, podem ajudar a traçar um plano para minimizar as dificuldades da adolescência ou da vida adulta. A escola de filhotes pode ajudar nesse processo, mas algumas experiências muito precoces da vida intrauterina, de cuidados maternos e convivência com a ninhada possuem um valor muito significativo para o cão. Em casos mais extremos como cães que passaram por situação de escassez em suas necessidades básicas ou traumas, os efeitos podem ser ainda maiores. Procurar ajuda de um especialista pode ser a melhor escolha a fazer. Para a maioria dos cães, as habilidades aprendidas anteriormente, estarão acessíveis e o comportamento tende a voltar a seu padrão “normal” após a adolescência. Porém, isso dependerá de como essa fase será vivenciada e da rede de suporte que o cão terá para isso: família, adestrador, creche, veterinário trabalhando em conjunto.

Tatiana Nassif

Como escolher um cachorro?

O que é importante considerar para tomar a decisão certa ao escolher ter um cachorro, e mais, como escolher esse melhor amigo dentre tantas opções?

Nos dias de hoje, grande parte das pessoas não se vê sem um bichinho de estimação. Mais de 50% dos lares brasileiros possuem um cão ou um gato como membro da família. Essa realidade revela muito sobre nós mesmos, o que procuramos e até como lidamos com a vida em alguns aspectos. Escrevemos um pouco mais sobre isso no texto O que é família multi-espécie. Mas como escolher o cachorro que irá compor a sua família?

Pensando em uma convivência saudável e harmoniosa, trazer um novo cão para nosso lar deve ser algo bem planejado. É muito importante que esse novo membro da família tenha um perfil semelhante ao seu e que todos os outros membros de sua família estejam de acordo e dispostos a cuidar também do novo cãozinho. Lembre de considerar membros que ainda não existem, mas que possam estar em seus planos como um bebê, por exemplo, uma pessoa de idade que vá morar com você ou um funcionário.

Veja alguns pontos para uma boa avaliação de sua família e das suas expectativas para escolher um cachorro:

  • Disponibilidade de espaço: Qual é seu tipo de moradia? Como é sua vizinhança? Qual seria o cantinho do seu cão? Onde ele faria as necessidades? Procure mapear esses detalhes, isso te ajudará a fazer uma escolha mais consciente e com menos chances de dificuldades depois.
  • Custos: Qual valor você pretende investir nesse novo membro da sua família? Considere pelo menos os custos básicos como vacinas anuais, antiparasitários regulares, brinquedos, comida, caminha, mas calcule uma reserva para consultas médicas, exames, especialistas, medicamentos, creche, passeador, adestrador…
  • Tamanho do cachorro: o porte o cão terá influência nos dois itens anteriores. Por exemplo, cães maiores comem mais, possuem dosagens de medicação mais altas e precisam de mais espaço (que pode ser compensado, dentre outros benefícios, com a contratação da creche para cães). Mas a conta não é tão clara assim, um cão grande e saudável pode gerar menos custos do que um cão pequeno de imunidade debilitada. O item abaixo trará alguns traços fundamentais para uma escolha que pode minimizar esse tipo de desgaste do cão e da família.
  • Raça e tendências comportamentais: cada raça foi criada com um objetivo e junto deste objetivo, diversas características físicas e comportamentais foram selecionadas. Existem mais de 400 raças de cachorro, cada uma com suas tendências, mas é importante saber que cada cão é um indivíduo com personalidade única (mesmo sendo da mesma raça e da mesma ninhada). Conheça um pouco mais sobre raças e como analisa-las para sua família em nosso mini- curso “Porque o cão é o melhor amigo do homem? Como tornar-se o melhor amigo dele também?”
  • Tipo de pelagem: a pelagem tem relação com custos (banho, tosa, cuidados especiais) e com disponibilidade de tempo da família para escovação diária e limpeza da casa por causa dos pelos mortos que caem. Cães bem escovados, independente da pelagem, fazem menos sujeira. Porém, cães de pelagem curta soltam mais pelos enquanto os de pelagem longa formam nós na pelagem se não escovados com regularidade (não somente no banho) ocasionando dor e problemas de pele.
  • O seu perfil e de sua família: como você visualiza o tempo para atividades em conjunto com o cachorro? E o que você espera do seu cão quando sozinho? Seja honesto nesse momento, esse ponto pode ser determinante para um bom relacionamento. Veja algumas reflexões que podem te ajudar: caso você goste fazer caminhadas, estar em contato com a natureza, precisa de um cão com nível de energia média/alta e pelagem fácil de cuidar. Se você é esportista, adora correr no parque, andar de bicicleta ou skate, precisará de um cão com energia alta/muito alta, com personalidade confiante e facilmente adestrável. Mas se seu perfil é curtir um sofá e maratonar séries, com certeza precisará de um cão de energia mais baixa. Se você é daqueles que não para em casa, tem vida social ativa, considere um cão pequeno que possa ir junto com você para qualquer luar ou que tenha maior facilidade de ficar sozinho, quem sabe até considere ter mais de um cão para fazerem companhia um para o outro. Se você tem crianças ou deseja formar uma família, procure por cães pacientes, raças adestráveis e de energia média/alta.

Alguns desses pontos são mais fáceis de serem analisados quando estamos falando de uma escolha de um cão de raça, pois sabemos como ele será fisicamente e como é boa parte da genética dele. Mas em caso de adoção de cachorro, como posso proceder?

A adoção é um ato lindo de amor, mas adotar um filhote sem raça definida demanda que a família esteja mais aberta a se adaptar ao perfil do filhote uma vez que não é possível prever tão facilmente seu tamanho e traços de sua personalidade. A maioria das pessoas procura por filhotes para acompanhar seu crescimento e essa é uma fase muito divertida e apaixonante realmente. Porém, ela vem com uma série de responsabilidade como assumir o processo de educação básica e socialização do animal que é demandante, mas também determinante para o equilíbrio emocional do seu melhor amigo.

Adotando um animal adulto, você já saberá quais as principais características dele e quais combinam com as suas. Além disso, estará contribuindo para dar um lar e uma família a cães com menores chances. Junto com tamanha grandeza prepara-se para se dedicar a uma fase de adaptação importante, incluindo a possibilidade de tratar alguns problemas comportamentais. Geralmente adultos adotados passaram por experiências traumáticas, seja frio, fome, maus tratos ou até mesmo a troca repetitiva de ambiente e famílias anteriores.

Conhecer a raça (ou a mescla de raças de seu futuro vira-lata), o histórico familiar do cão (pais e ninhada) e mesmo o ambiente do canil ou do abrigo em que ele viveu, vai trazer informações sobre as experiências que o cão passou, o que aprendeu ou deixou de aprender. Independentemente de seu passado, saiba que ao assumir um cachorro, você deve assumir também uma posse responsável sobre ele. É um compromisso pelos próximos 10 anos de sua vida e da sua família para atender as necessidades de saúde e bem-estar do cão garantindo a ele uma vida plena e feliz e a harmonia familiar.

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Olivia Miranda e Tatiana Nassif

O que é família multi- espécie?

Conheça mais a fundo a transformação familiar que estamos vivendo com nossos cães

Família multi- espécie é um termo que designa um grupo social composto por animais humanos e não humanos convivendo juntos, e mais do que isso, tendo uma relação afetiva que considera a todos como membros de uma família. As configurações familiares da modernidade são as mais variadas e os cães, gatos, pássaros, entre outros, fazem parte delas. Cada vez mais os animais estão vivendo na intimidade do nosso lar sendo companhias insubstituíveis.

Humanos e cães tem um vínculo diferenciado que vem sendo cultivado há muito tempo e que acabou gerando mudanças significativas na própria espécie canina. Esse longo período significa uma coevolução entre as espécies. Portanto, a influência entre os dois é mútua e não seria possível dissociar uma coisa da outra. O cão foi selecionado pelos humanos há milhares de anos para diferentes funções que facilitariam seu cotidiano.

Porém, como seres mamíferos e sociais que somos, acabamos despertados pelo desejo de cuidado e adotamos esses peludos para a convivência afetiva e não somente com um objetivo funcional. Esse processo de transformação dos seres e da relação, é um processo que continua a ocorrer, nesse exato momento, no nosso contexto familiar.

Atualmente, o comportamento canino é completamente dependente do comportamento humano quando falamos de cães domésticos vivendo dentro de casa. Por isso, é tão difícil padronizar o comportamento canino como igual para todos, ele é plástico (quase tão complexo como o humano). O comportamento se define pela genética individual, mas em boa parte pelo ambiente e pelas relações a sua volta (ou seja, por sua família multi -espécie).

Além disso, os cães foram selecionados com base em suas raças, o que faz com que se tenham mais uma variação comportamental dentro da própria espécie canina. Outro ponto curioso é que estudos mostram que os aspectos culturais de diferentes regiões influenciam como os cães são criados e, portanto, influenciam o comportamento que expressam.


Os laços afetivos intensos entre os animais e os humanos podem ser motivados pelas dificuldades emocionais que as pessoas sentem na sociedade atual: como forma de suprir a falta de um casamento rompido, de filhos que saírem de casa, do ritmo e espaços restrito das grandes cidades, do anseio profissional dentre outras. A relação entre tutor e cão é tão forte que algumas vezes eles compartilham dos mesmos problemas de saúde e comportamento.

Outras vezes, essa relação não é tão aparente, mas o cão desenvolve questões comportamentais como alternativas para lidar com o convívio familiar nem sempre saudável. Estudos mostram que os níveis de estresse dos tutores induzem os cães a se sentirem mais estressados e, com isso, alguns comportamentos indesejados podem surgir. Por isso, na consulta comportamental e no adestramento, a participação do tutor é fundamental para a mudança comportamental do cão.  

BENEFÍCIOS DA RELAÇÃO HUMANO – CÃO


Todo mundo sempre soube o bem que os animais de estimação nos fazem, mas estudos também comprovaram os benefícios das interações humano-cão:

  • Redução da frequência cardíaca
  • Diminuição da pressão arterial
  • Melhora o progresso e a severidade de doenças cardíacas
  • Catalisa a expressão das emoções
  • Potencializa o foco e atenção
  • Reduz ansiedade e medo,
  • Tranquilizador em quadros graves como depressão, bipolaridade, esquizofrenia e psicose
  • Suporte social (sensação de conforto e catalizador de novas relações)
  • Instrumento vivo no desenvolvimento geral e na para aprendizagem (novas formas de pensar e agir)
  • Redução de estresse e Bornout
  • Maior controle na progressão de doenças degenerativas

São benefícios bio-psico-emocionais que também pode ser vivenciados na atuação profissional com cães.

Quanto ao benefício da família multi- espécie para os cães, vai além da sobrevivência básica (comida, água e abrigo). Cães são seres altamente sociáveis e a impossibilidade de estar em interação pode ser um dos pontos mais críticos em seu bem-estar. Estudos mostram que a partir de 4h de isolamento, o cão já demonstra sinais de sofrimento, incluindo alteração na respiração, por exemplo. Mas o contato social de qualidade com humanos é só uma parcela do que promove uma boa vida aos cães. Eles também precisam de interação com outros cães, diversão, estímulos mentais e sensoriais, atividade física, explorar novos ambientes…

A creche para cães entra nesse contexto como um apoio muito importante, tanto para reduzir o distanciamento social dos cães, como para ser um ambiente saudável física, emocional e mentalmente. Se dedicar a atender as necessidades dos cães em sua totalidade  envolve reconhecer o cão como individuo, com suas vontades e limitações e, para isso alguma vezes, é preciso suprimir expectativas humanas ou superar as dificuldades do mundo moderno em prol do seu melhor amigo. 

Tatiana Nassif e Olivia Miranda